terça-feira, 9 de novembro de 2010

+ CREATINA

Esta substância tem uma ocorrência natural no corpo humano,sendo a principal fonte de energia do músculo . Pesquisas realizadas nos últimos anos descobriram que o corpo humano é capaz de armazenar mais creatina do que normalmente consumimos numa dieta normal (indivíduos normais produzem cerca de dois gramas de creatina por dia no fígado, rins e pâncreas ). Através do saturamento de creatina , o músculo se torna mais forte e se recupera mais rapidamente de esforços físicos. A creatina também aumenta o volume muscular por atrair água para dentro da célula, talvez por sintetizar proteína mais rapidamente e evitar a sua quebra. A razão exata pela qual a creatina funciona ainda não é sabida, tal como inúmeros outros fenômenos científicos, mas o fato é que com o seu uso o atleta se torna mais denso e acrescenta massa magra.
A administração de creatina faz-se em duas fases: fase de saturação e de manutenção. Na fase de saturação da célula, vêm obtendo-se resultados com a administração de 20 gramas de creatina em quatro doses diárias por cinco dias. Após a célula estar saturada, usam-se 10 gramas diárias em duas doses como manutenção. Esta dose pode ser aumentada, dependendo do volume corporal. Conhecemos culturistas que, como dose de manutenção utilizam 20 gramas. Sugere-se que a superdosagem contínua possa causar sobrecarga para o rim, muito embora isto ainda não seja certo. A fórmula mais recomendada e efetiva de administração de creatina é entre as refeições. A creatina é misturada com água morna e tomada com um copo de suco de fruta ou com solução de glicose. Ocorre que a água morna ajuda a dissolver a creatina, enquanto o suco de fruta ou a solução de glicose libera insulina a qual realiza o transporte da creatina para dentro da célula. Estudo recente na Universidade de Nottingham demonstra que a solução de glicose é mais eficiente.


História da creatina
Em 1832, um cientista francês descobriu a creatina, mas devido a inconsistências em seu trabalho, não foi reconhecida como um dos componentes do corpo até 1847.
Naquela época, acreditava-se que uma substância chamada creatinina era excretada como parte descartada da creatina. Hoje sabemos que os rins “quebra” a creatina para produzir a creatinina.
Em 1912, dois pesquisadores, Folin e Denis, descobriram que ao dar uma quantidade adicional de creatina, a concentração da substância no corpo do animal subiu até 70%. Em 1923, Hahn e Meyer calcularam que um homem de aproximadamente 75 quilos continha 140 gramas de creatina. O atual valor conhecido é de aproximadamente120 gramas. Para manter essa média, o corpo precisa de 2 gramas diárias de creatina. O organismo pode produzir esta quantidade ou receber estas 2 gramas de fontes externas, como carne e peixe. Cerca de 95% do suprimento de creatina é estocado nos músculos. Os outros 5% encontram-se no cérebro e no coração.
A creatina foi amplamente estudada e concluiu-se que ela é uma grande fonte de energia ao corpo humano. No fim da década de 80 a creatina foi apresentada aos atletas olímpicos para melhorar o desempenho físico. Desde então houve uma explosão de usuários de creatina.


Orientação para uso da Creatina
Inicialmente, ao se tomar qualquer suplemento de creatina você deve passar por uma “fase de iniciação”. Nesta fase, uma pessoa deve tomar cerca de 10 a 20 gramas de creatina por dia durante uma semana. A exata quantidade depende do produto. Isto irá saturar os músculos com creatina. Em seguida, a pessoa deve tomar “doses de manutenção” a cada dia. A dosagem usual é de 5 gramas.
Para melhores resultados, tome creatina pelo menos uma hora antes de ir ? academia ou algo assim, pois leva um tempo para o corpo absorver a substância. É importante frisar que tomar doses extras de creatina não alterará o resultado. Seu corpo absorve uma quantidade limitada de creatina. Seria como pôr mais água num copo já cheio.
Efeitos colaterais:
Até agora, o uso de creatina parece ótimo, mas há cuidados e atenção devem serem considerados. Centenas de estudos estão sendo realizados afim de analisar as ambig?idades dos efeitos da creatina no corpo. Distúrbios gastrointestinais, cãibras musculares, desidratação e problemas renais são alguns entre os riscos ao se utilizar creatina.
Os problemas estomacais surgem na possível dificuldade de algumas pessoas em digerir a creatina. Contudo são problemas não muito graves como gases, diarréia e cólica. Esta é uma das razões em existir tantos tipos de creatina, alegando não causarem tais distúrbios.
A porcentagem de pessoas que passam por esse problema é pequena.
As cãibras musculares e desidratação são basicamente causadas pela água adicionada ?s células. Isto pode causar um desequilíbrio nos eletrólitos do corpo. As células musculares podem acabar absorvendo a água de outras partes do corpo causando, ironicamente, uma desidratação.
Contudo, nenhum desses problemas foi oficialmente relacionado ao uso da creatina, mas é muito provável que algumas dessas hipóteses estejam corretas.
? luz destes fatos, tenha certeza em usar grande quantidade de fluídos ao utilizar este suplemento. Isto pode resolver os problemas de desidratação e cãibras musculares.


Algumas pessoas temem que o uso da creatina possa causar danos maiores aos rins, no entanto nenhum caso foi documentado. Esta hipótese pode ser verdade, mas somente se a creatina for tomada em excesso e por um longo período de tempo.
Toda a teoria é baseada no fato de que a creatina é quebrada nos rins para formar a creatinina e então ser expelida do corpo. O problema é que a creatina tomada em excesso pode sobrecarregar os rins. Os médicos podem avaliar o rendimento dos rins analisando a quantidade de creatina no sangue. Nenhum usuário de creatina fez exames renais. O uso apropriado da creatina por uma pessoa saudável não deve ser um problema.
Minha experiência pessoal com creatina foi muito gratificante. Eu levanto peso desde o colegial, mas é óbvio que minha genética não me permite ser um Mr. Universo, mas eu precisava aumentar minha força para o baseball. Na época eu pesava uns 62 kg e eu pegava 70 quilos numa máquina. Daí eu optei por tomar creatina em pó e obtive resultados imediatos. Em duas semanas eu estava malhando com 80 kg na mesma máquina e tinha ganho 6 kg. Eu continuei a tomar creatina por um tempo, mas não sofri nenhum efeito estranho. Depois de ter parado com a creatina notei que perdi um pouco de força e um bom peso. A perda de peso deve-se provavelmente ? perda de água extra e a aparente perda de força deve estar ligada a energia da creatina. Apesar disso eu continuava muito mais forte do que antes.
Por estar sempre em academias e em contato com levantadores de peso, sei que todos adoram ver melhoras em se desempenho, detestam o fato de não desenvolverem como esperavam e odeiam sentir-se mais fracos. O pior pesadelo de qualquer fisiculturista é se tornar mais fraco e menor do que eram antes. Quando uma pessoa para de tomar creatina, é isso o que acontece.
Há algumas pessoas que não deveriam nem pensar em usar creatina; os carnívoros inveterados e menores de idade. Como a creatina é naturalmente encontrada na carne, os “carnívoros” têm grande quantidade de creatina, entretanto, eles ainda obteriam poucos resultados, ao menos que comessem um quilo de carne por dia, que contém cerca de 5 gramas de creatina. Ao contrário de um vegetariano, que se beneficiaria, e muito, ao usar creatina. Adolescentes deveriam evitar qualquer coisa que possa lhe causar algum mal, pois seu corpo ainda está em fase de crescimento.
Como mostrado, há benefícios e malefícios ao usar a creatina como um suplemento. Se você está interessado em usa lá, analise os dois lados da história e pesquise sobre o assunto. O fato é que a creatina não é uma ameaça a vida, então se você acha que quer usar, experimente.


Suplementação de Creatina
O nome creatina é aplicada para suplementos que contém monoidrato de creatina ou fosfato de creatina. Uma vez introduzida no corpo, ambos acabam como fosfato de creatina, portanto têm o mesmo efeito. O fosfato de creatina é tipicamente conhecido como fosfocreatina ou PCr, em termos bioquímicos. PCr é um derivado de aminoácidos, o que significa que é sintetizado a partir dos aminoácidos arginina, metionina e glicina. O PCr tem um importante papel no corpo humano, fornecendo curtas mas fortes explosões de energia.
O corpo possui diversas maneiras de se obter adenosina trifosfato (ATP), a qual é a energia produzida nas células. Essa energia é liberada quando um dos fosfatos do ATP é retirado. Quando isto ocorre, o ATP se transforma em adenosina difosfato, ou ADP. Adicionando um fosfato o ADP a mesma torna-se ATP novamente, formando um ciclo de energia “reciclável”. O ATP é produzida através da glicose, sem a presença do oxigênio, anaerobicamente.
Outro sistema de obtenção de energia é a fosforilação oxidativa, na qual é incorporado oxigênio na produção de ATP. Há um terceiro sistema, no qual a suplemento a base de creatina atua, conhecido como ATP-CP.
O ATP representa adenosina trifosfato e CP significa fosfato de creatina ou fosfocreatina. É um processo simples, o fosfato é retirado do PCr e adicionado a uma molécula de ADP formando ATP, fornecendo energia ao corpo. Após a perda do fosfato, o PCr torna-se somente creatina. Esta molécula de creatina tanto pode tornar-se PCr novamente como pode ser hidrolisada para formar a creatinina.



A suplementação de monoidrato de creatina e o fosfato de creatina podem aumentar a concentração de PCr nos músculos em cerca de 40%, aumentando a quantidade de energia disponível. A energia obtida a partir do sistema ATP-CP é utilizada para atividades que requerem pouca energia como pular ou levantar uma barra de seu peito. ? medida que seu corpo acostumar a atividades esportivas, você pode sujeitar seus músculos a atividades adicionais tornando-os maiores e mais fortes.
A suplementação a base de creatina é comumente utilizada em esportes que requerem movimentos rápidos com pouco gasto de energia. Alguns exemplos são o levantamento de peso, baseball, basquete, corrida. Pessoas que esperam usar creatina para aumentar a resistência poderão se decepcionar. A energia usada em esportes como o cross-country provém de outras fontes como a glicose. Na verdade a creatina pode prejudicar a prática desses esportes, devido a um outro efeito da creatina – ganho de peso devido a retenção de água.
Quando os níveis de creatina e PCr nos músculos aumenta, a água é absorvida pelas células para equilibrar a concentração entre as substâncias. Isto provoca a expansão das células musculares, tornando-as maiores, aumentando o peso. Isto ajuda a manter os músculos bem hidratados.
Este aumento de massa muscular é um atributo desejado por muitos. Isto dá a impressão de que a pessoa é mais musculosa do que realmente é, não fosse a suplementação de creatina. Quando a pessoa interrompe esta suplementação, a água extra vai sendo liberada.
Aguinaldo Pettinati
O suplemento nutricional usado para aumentar a força, volume e energia muscular, que é liberado em praticamente todo o mundo, teve sua venda proibida no Brasil. O que é bom para o mundo não é bom para o Brasil? Durante os jogos olímpicos de Atlanta uma pesquisa da Pennsylvania State University, constatou que 80% dos atletas utilizavam a creatina como suplementação em sua preparação física. Em todos os continentes, atletas, técnicos e consumidores depositam grande expectativa nos efeitos do produto. Só em 1999 um dos grandes fabricantes estimou que foram consumidos 2,7 milhões de kg da substância em todo o mundo. Descoberta como constituinte de carne em 1832, somente nas décadas de 70 e 80 estudos enfatizaram seu potencial de suplementação para praticantes de atividade física e já nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, observou- se pela primeira vez o uso da creatina por dois campeões olímpicos. Por ser classificada um recurso ergogênico (capaz de aumentar a capacidade de gerar trabalho), seu uso é liberado e a constatação de sua presença não é considerado dopping. Proibida? Com a intenção de legalizar a venda da creatina, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) lançou uma consulta pública que não resultou em um consenso. Em um segundo momento, fabricantes e importadores conseguiram uma liminar para sua comercialização, mas a Anvisa voltou atrás e proibiu a substância no Brasil até a realização de novos estudos sobre seus efeitos a médio e longo prazos. O fato é que não existe legislação específica sobre a creatina. A nova resolução é baseada no Decreto- lei n.? 986, de 21 de outubro de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos. ?Na verdade a Anvisa não tem sustentação científica e e baseia- se na França, único país, além do Brasil, que proíbe a creatina?, afirma o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Luis Fernando Costa Rosa, que participou das discussões sobre a liberação do produto junto ao órgão público. ?Mesmo os franceses ainda não conseguiram comprovar a tese de que a substância provoca complicações renais e hepáticas quando usada cronicamente?. Benefícios: ?Auxilia, em fase específica do treinamento, a aumentar a força e o volume muscular sem aumentar a proporção de gordura; ?Melhora rendimento na execução de exercício de curta duração e alta intensidade; ?Acelera a recuperação de energia; ?Reduz a fadiga e propicia aumento na intensidade dos treinos. Onde Encontrar. No corpo humano 95% da creatina, unida ao fósforo, fica concentrada nos músculos. Em atividades físicas intensas e de curta duração a quebra de creatina e fosfato (CP) é uma maneira rápida de suprir a demanda de energia do músculo em concentração. Peixes e carnes são fontes naturais de obtenção de creatina. E enquanto suplementação, pode ser usada em situações bastante específica, quando a intensidade do treinamento aumenta. Durante a fase de carregamento (de 4 a 5 dias semana) a dosagem varia de 20-30 g de creatina ao dia, dividida em 4 ou 5 vezes. Na fase de manutenção (7 semanas) deve haver uma redução da dose para 2-5 g. Na Dose Certa. As características da creatina deixam claro que ela só deve ser utilizada em momentos específicos do treinamento. Por conta disso, os estudos realizados versam apenas sobre estas ações pontuais. Poucas pesquisas têm validado os efeitos do seu consumo crônico, o que impede a constatação de possíveis efeitos colaterais causados por longos períodos de ingestão. Esta falta de pesquisas científicas é a base da argumentação para a proibição da venda da creatina no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária que alega também que ela : ?Não produz efeitos em exercícios de longa duração; ?Não deve ser consumida por pessoas com problemas hepáticos ou renais. Indicações. Só use a creatina com orientação de profissional especializado em suplementação. Contra-indicações. Devem evitar a creatina: ?Mulheres gestantes; ?Pessoas com disfunção renal. Quando utilizada em doses elevadas pode provocar ocorrência de vômitos e diarréia.

CREATINA:

O que é Creatina: 
A Creatina é uma combinação de 3 aminoácidos: glicina, arginina e metionina. Pode ser encontrada naturalmente em alimentos de origem animal como carnes bovinas e peixes.

Por que devo escolher a Creatina Micronizada?
Porque Creatina Micronizada contém grau de pureza elevado, 100% PURA CREATINA MONOIDRATADA e IMPORTADA, sem misturas! E a tecnologia MICRONIZED, torna o produto mais eficiente e de altíssima qualidade para a suplementação de atletas de alta performance.

O que é Creatina Monoidratada?
Creatina Monoidratada é a forma de Creatina mais estudada no meio científico por seus efeitos ergogênicos sobre a massa muscular e desempenho físico de atletas. Creatina Monoidratada é um pó branco, fino, que se mistura facilmente em água, porém não é totalmente dissolvida, podendo ficar acumulada no fundo do recipiente, quando deixada em descanso.

O que significa 'ergogênicos'?
Os ergogênicos são as substâncias, os processos ou os procedimentos que são capazes de melhorar o desempenho esportivo. Muitos desses recursos ergogênicos são considerados doping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), entretanto, a creatina está fora da lista de substâncias proibidas pelo COI, ou seja, não é considerada doping e está liberada, também, pela ANVISA através da Resolução RDC 18/2010.

O que significa MICRONIZADA?
MICRONIZADA refere-se ao processo tecnológico de MICRONIZAÇÃO usado na Creatina Micronizada, em que o diâmetro das partículas de creatina é reduzido, melhorando sua absorção e sendo mais bem aproveitada pelo organismo.

Então quer dizer que a Creatina Micronizada é melhor do que a Creatina Monoidratada regular?
Isso mesmo. Devido ao processo de micronização, a Creatina Micronizada é absorvida mais rapidamente e melhor aproveitada pelo organismo quando comparada à Creatina em pó regular.

O que é a fase de saturação da Creatina? 
Existem estudos que relatam o esquema de Saturação e Manutenção, trata-se de dois esquemas para a utilização de creatina. Na saturação o consumo de creatina é elevado (5g de creatina 4 vezes ao dia, totalizando 20g/dia) por um determinado período (de cinco a sete dias) e na manutenção a ingestão de creatina é reduzida para 0,03g/kg/dia de peso corporal. Outros estudos contemplam que em doses mais baixas de creatina (3g/dia) a saturação também ocorreria, entretanto, em um espaço maior de tempo, porém com os mesmos efeitos ergogênicos.

Como a Creatina atua no organismo?
Após ser absorvida pelo organismo, a creatina é levada aos músculos através da corrente sanguínea, ficando armazenada na forma de fosfato de creatina (FC), um composto com alta concentração de energia. Em momentos iniciais do exercício ou numa situação onde seja exigida uma contração muscular rápida e explosiva, as concentrações de ATP (trifostato de adenosina), a principal forma de energia dos músculos, diminuem significativamente. É nessa fase que o FC entra em ação e participa da ressíntese de ATP, que é contínua. Estudos científicos relatam que a suplementação de creatina pode aumentar a concentração de fosfato de creatina (FC) nos músculos em cerca de 40%, aumentando a quantidade de energia disponível. Com isso, o tempo de duração de alguns tipos de exercícios é prolongando, e consequentemente ocorre o aumento do desempenho físico.

Quais são os efeitos colaterais que podem surgir quando uso Creatina Micronizada?
Desde que a recomendação de uso expressa na rotulagem seja respeitada, não há efeitos colaterais ou danos à saúde relatados.

Creatina engorda?
Creatina Micronizada não contém calorias. O aumento de peso pode estar relacionado ao aumento da massa muscular ou, inicialmente, pelo aumento do volume da célula muscular. A creatina promove a volumização da célula muscular, ou seja, a creatina facilita a entrada da água e nutrientes na célula, hidratando-a, aumentando o seu volume e fazendo aparentar que os músculos estão maiores. Esse efeito se faz necessário para que os nutrientes permaneçam o maior tempo possível dentro da célula muscular, acelerando a síntese protéica e, consequentemente, aumentando a massa muscular.

Deve-se aumentar a ingestão de líquidos durante o uso de Creatina Micronizada?
A água facilita a entrada de nutrientes na célula muscular quando há a volumização proporcionada pela creatina. Deve-se ter uma hidratação correta para esse processo ser desempenhado com eficácia.
Quais os benefícios atribuídos à Creatina Micronizada?
Hidratar o Músculo;
Volumizar as Células;
Ressintetizar o ATP;
Aumentar a massa muscular;
Aumentar a força;
Aumentar a energia.
DUVIDA COMUM: Se a creatina retém liquido na celula é por isso que aparenta o músculo inchado? Ou isso é tudo historia do pessoal? Já tomei uma vez e dizem que pode se ganhar de 4 a 7 Kg com seu uso. Quando usei, ganhei os 7 Kg, mas foi por motivo de retenção de liquido ou foi o almento da massa muscular??
EXPLICAÇÃO: A Creatina faz com que seu músculo se hidrate mais, preparando-o para receber nutrientes, se você ingerir creatina e nutrir seu músculo seu crescimento muscular será visível dentro de pouco tempo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUEIMANDO GORDURA COM EFICIÊNCIA

Ao tratarmos do tema: treinamento específico para queimar gordura, é preciso lembrar, de início, que ainda existem muitas dúvidas entre as pessoas que praticam atividade física. Podemos afirmar que sem uma dieta adequada, não há uma queima de gordura satisfatória em termos de perda de peso, pois de nada adianta treinar corretamente e depois ir para algum fast-food se encher de batatas fritas, doces e refrigerantes e ainda por cima esperar um milagre. Pior do que isso é pessoa sair por aí falando mal dos professores e da academia onde treina, porque não estava perdendo peso. Qual é o sujeito que não gostaria de ter um físico musculoso e com pouca gordura não é mesmo? Atualmente, a maioria das pessoas almeja este tipo estético e vão para as academias em busca do seu corpo perfeito. Pois bem, só que é freqüente essas pessoas começarem a realizar uma dieta e um programa específico para a perda de gordura e pronto, o sujeito começa a fazer um monte de exercício aeróbico além de fazer absurdos com a dieta, o que tenderá a acarretar uma perda significativa de volume muscular e pior, tal fato leva o praticante a desistir da dieta e dos treinamentos específicos para essa finalidade.

Acontece que o nosso corpo não foi feito para utilizar gordura como fonte primária de energia, muito pelo contrário. Biologicamente e antropologicamente falando, esse processo já data alguns milhares de anos e ocorre como uma espécie de instinto de sobrevivência, e a gordura será mesmo preservada pelo nosso organismo. Num exercício aeróbico normal seus estoques de glicogênio estão em alta, então, seu organismo utilizará como fonte primária de energia esse glicogênio disponível nas fontes musculares e hepática, seguido pela queima da proteína muscular, e aí sim a tão desejada gordura. Ao contrário do que alguns profissionais e estudos costumam afirmar, ao dizerem que a primeira fonte energética é o carboidrato, a segunda a gordura e a terceira a proteína muscular. Se fosse assim tão difícil queimar proteína muscular, todo mundo ficava grande e seco e não seriam necessários o uso dos BCAAs, glutamina e outros suplementos anticatabólicos numa dieta para definição. Teríamos assim, o prazer de ver vários atletas se consagrando com baixos gastos em dieta e suplementação, o que na prática não condiz com a realidade.

Para o nosso corpo começar a queimar gordura como fonte primária num exercício aeróbico convencional são necessários, basicamente, 20 minutos dessa atividade para seu corpo chegar nesse estágio, portanto não seria tão indicado para as pessoas que almejam certo volume e definição muscular, pois além de queimar muita massa magra, a pessoa tende por fadigar seus membros locomotores, já que só após esse período inicial é que o metabolismo orgânico começa a queimar gordura de verdade. Então, com seu organismo utilizando como fonte primária o glicogênio e proteína muscular, consideramos impróprio ou menos produtivo esse tipo de atividade física, para quem quer perder gordura e minimizar o catabolismo! Mas, mesmo assim o praticante ainda insiste em correr ou caminhar com o bucho cheio de carbo e o glicogênio lá em cima! Qual será o resultado? Muito catabolismo muscular e pouca perda de gordura em comparação com a perda total! O que fazer, então, para maximizar a queima da gordura e minimizar o catabolismo muscular em termos de treinamento aeróbico?

Bom, esta é uma pratica simples e que não tem muito segredo, é o exercício aeróbico realizado de manhã cedo em jejum. Em jejum? Como assim?! Isso não vai perder mais massa muscular ainda?! Muito pelo contrário, caro leitor, ao realizar atividade aeróbia em jejum, você irá manipular o treinamento de uma forma em que você obrigará o seu organismo a utilizar a gordura como fonte primária de energia, e o melhor, com catabolismo em quase zero! Mas como isso ocorre? O período em que acordamos é um período precioso do dia, ou seja, após ficarmos por muito tempo sem comer nada propicia-se um ambiente muito favorável para queima de gordura, pois com a caminhada moderada nessas condições seus estoques de glicogênio estão em baixa, e seu corpo será obrigado a utilizar a gordura como fonte primária de energia. Muitos “profissionais”, Phds e Mestres questionaram nossas afirmações, inclusive na pós-graduação que cursamos. Acharam um absurdo que se utilize esse tipo de prática com nossos clientes, alegando que esse procedimento não é eficiente e ainda por cima perigoso.

Em nossa opinião, para esses profissionais até o fato de você respirar dentro da academia pode ser perigoso, eles tratam seus alunos como adolescentes inconseqüentes e para alguns chegam a afirmar que até o agachamento ou o terra fazem mal para a saúde, que podem te deixar paraplégico e coisa do tipo. Pelo fato de que não existia nenhuma comprovação científica desta prática, eles não recomendavam a ninguém. Mesmo com nossas alegações, dizendo que isso tem sido utilizado com sucesso no mundo todo por atletas de competição e pessoas que almejam um físico mais definido e atraente, eles diziam que não existiam fatos que comprovassem, ou seja, dados científicos. Não obstante, recentemente a ciência comprovou a eficácia dessa prática, através de um estudo sério e muito detalhado e publicado no Journal Applied of Physiology, concluindo que esta é a melhor prática para queima de gordura enquanto se perde o mínimo de massa muscular. Infelizmente, para alguns dos cientistas retratados anteriormente, se não existe uma comprovação dada pela ciência eles não acreditam, e pronto! Mas em se tratando de treinamento de musculação com pesos, o assunto não deveria ser visto de maneira tão extrema. Será que eles não sabem que a ciência só está comprovando agora o que os culturistas já sabem desde a década de 1970? De certa maneira, chega a ser revoltante tamanho recalque e arrogância da parte desses profissionais da área médica e da saúde. Muitos deles sequer puxaram algum peso na vida e querem ser os deuses do olímpo, defendendo com unhas e dentes suas teorias “científicas”, muitas vezes mirabolantes e quase sempre feitas por ratos maratonistas, fato que não se aplica a quem treina com pesos, onde existem muitas diferenças e peculiaridades, portanto inconclusivos.

Voltando ao assunto do exercício, muitos ainda se perguntam: mas as calorias queimadas nesse exercício não serão as mesmas que em qualquer outro horário do dia? Realmente, mas não importa muito quantas calorias foram em si consumidas, mas sim de onde provêm essas calorias, que no caso do jejum serão em muito maior escala recrutadas da gordura, pois os níveis de glicogênio estão bem baixos, como já abordamos anteriormente. Ao acordar, antes de começar a atividade, recomendamos que se tome 500ml de água para quebrar o jejum total e evitar uma excessiva degradação das proteínas contrácteis (catabolismo). Se quiser, ainda, maximizar mais os efeitos benéficos do exercício, ao invés da água tomem 200ml de café preto com pouco adoçante ou de preferência sem nada, puro mesmo. O café servirá como um potente termogênico e maximizará os resultados. Alguns profissionais que utilizam essa prática orientam seus clientes a utilizarem a glutamina em conjunto com o café, porém não é do meu agrado esta prática, pois a glutamina é um aminoácido e as chances do corpo utilizar este como fonte energética no lugar da gordura é grande e pode atrapalhar o processo.

Quanto ao treino, recomenda-se que a atividade seja realizada com média de 30 a 45 minutos de duração. Procure realizá-los 3 vezes por semana em dias alternados, e poderá verificar um efeito surpreendente em sua composição corporal já nas 2 primeiras semanas. Para iniciantes, se essa prática for realizada de forma brusca pode causar severa hipoglicemia. Dessa maneira, recomendamos que se procure um bom personal trainner ou realizem a atividade com prudência, começando com menos tempo, algo em torno de 10 minutos na primeira semana e gradativamente subir o tempo de atividade para 15, 20, 30 minutos, até chegar no tempo recomendado logo acima. Aos diabéticos, recomenda-se realizar esta atividade apenas com a supervisão de um personal trainner e com autorização médica, pois dependendo do caso poderá haver algumas restrições. A individualidade biológica deve ser respeitada a todo custo, portanto consulte um profissional da saúde para verificar se não existem restrições quanto a essa prática.

Outra recomendação que fazemos é para que se ande com algum tipo de doce no bolso, pois caso houver tonturas pode ser um sinal da hipoglicemia chegando, e com esse doce em mãos o problema estará rapidamente sanado. Caso isso aconteça, pare com a caminhada imediatamente. O exercício deve ser feito com velocidade de moderada a baixa, pois só assim seu corpo irá mesmo recrutar a gordura como combustível principal. Se por acaso o mesmo for feito rapidamente, nada de queima de gordura! Como o glicogênio está em baixa, realizando a atividade de uma forma que você fique ofegante de imediato, você irá ultrapassar seu limiar aeróbico e será a sua sagrada musculatura que irá embora, ou seja, será canibalizada. Então, fiquem espertos! Chegando em casa tome mais água! Terminada a caminhada, ainda é necessário que não se tome o café da manhã antes de passados mais 30 minutos, pois nesse período seu corpo ainda estará queimando bastante gordura. Esse tempo é suficiente para você ir ao banheiro fazer suas necessidades e tomar um banho com tranqüilidade. Vale lembrar, ainda, que de nada adiantará você fazer caminhada em jejum, se tiver o hábito de acordar de madrugada para assaltar a geladeira. Outro horário muito semelhante ao jejum e favorável na queima de gordura é após a sessão de musculação, pois após um treino intenso, seus níveis de glicogênio estão bem baixos, o que facilitará a queima da gordura. Quinze a vinte minutos de ciclo ergômetro ou esteira fora o dia de treino de pernas são suficientes para essa fase.

Recomendamos que se durma pelo menos de 6 a 8 horas por dia. A utilização de Whey Protein no café da manhã, como fonte de proteína de rápida absorção em conjunto com uma glutamina poderá ser uma ótima escolha. Nessa hora, se estiver de dieta para algum campeonato ou se preparando para o verão, nada de muita malto, utilize em conjunto algum carboidrato de baixo índice glicêmico como aveia, pois o uso do carboidrato de alto índice glicêmico vai elevar bruscamente a insulina, que por sua vez bloqueará imediatamente a lipólise, que é a queima de gordura. Se o seu whey for isolado utilize apenas uma ou duas colheres de malto. Em nossa experiência pessoal, fazemos uso de um shake composto por 30g de proteína de whey protein + 25g de proteína de mix protéico + 5g de glutamina + 20g de malto + 50g de aveia. Nesse momento, ingerimos 4 comprimidos de BCAAs + 1 Vita C de 500mg + 1 comprimido de Complexo B, todos em jejum, antes de administrar esse shake, para uma melhor absorção das vitaminas. Com tudo isso você não passará fome pelas próximas 2/3 horas. Caso não seja possível o uso destes suplementos tente apenas conseguir o whey que já estará de bom tamanho, mas ai você terá de comer em conjunto uma refeição sólida como pão integral com ricota. Neste composto recomendado os BCAAs servem para evitar que o whey seja utilizado como fonte de energia, a Vita C servirá para bloquear o cortisol, que é um hormônio altamente catabólico e o Complexo B que além de aumentar a síntese protéica junto com o Whey é de fundamental importância no processo da queima da gordura. Com as considerações aqui apresentadas, esperamos ter contribuído com os digníssimos leitores da revista, para chegarem aos seus respectivos objetivos.

Um abraço e fiquem com DEUS!!! Rafael “Big Raffa”
Atleta de Fisiculturismo Graduado em Educação Física e Pós-Graduado em Exercício Resistido e Nutrição Esportiva.


Referências
BRACCA R. Queimando Gordura com Eficiência. Disponível em: <http://www.treinopesado.com.br.htm > Acesso em: 10 set. 2008.B
ENNARD P, DOUCET E. - Acute effects of exercise timing and breakfast meal glycemic index on exercise-induced fat oxidation. Appl Physiol Nutr Metab. 2006 Oct;31(5):502-11.
GUIMARÃES, N W. M. Musculação Além do Anabolismo: Treinamento, Nutrição, Esteróides anabólicos e outros ergogênicos,1ed. - Guarulhos, sp. Phorte Editora, 2003.
HOLLMAN, W & HETTINGER, T. H. Medicina do Esporte. Edição Revisada. São Paulo, Manole, 1989.
WAHRENBERG H, LÖNNQVIST F, HELLMÉR J, ARNER P. - Importance of beta-adrenoceptor function in fat cells for lipid mobilization. Eur J Clin Invest. 1992 Jun;22(6):412-9.